Arqueólogos encontram vestígios com mais de 1.200 anos em MG
Pesquisadores
descobriram, em Montes Claros (MG), vestígios de ancestrais que
viveram na região há cerca de 1.200 anos. O trabalho dos
arqueólogos no Parque Estadual da Lapa Grande já começa a ser
analisado em universidades.
O parque tem 8 mil hectares reservados à natureza. Criado por um decreto em 2006, o espaço preserva a nascente do Rio Pai João e a vegetação de mata seca e cerrado. Porém, além da paisagem, o local também abriga um recanto de pesquisas com mais de 40 sítios arqueológicos.
Neles, os arqueólogos procuram, sob a terra, informações sobre objetos usados pelos habitantes antigos da região. Em uma das escavações, o arqueólogo Rodrigo Tobias Júnior encontrou uma espécie de lança de madeira.
O parque tem 8 mil hectares reservados à natureza. Criado por um decreto em 2006, o espaço preserva a nascente do Rio Pai João e a vegetação de mata seca e cerrado. Porém, além da paisagem, o local também abriga um recanto de pesquisas com mais de 40 sítios arqueológicos.
Neles, os arqueólogos procuram, sob a terra, informações sobre objetos usados pelos habitantes antigos da região. Em uma das escavações, o arqueólogo Rodrigo Tobias Júnior encontrou uma espécie de lança de madeira.
O
trabalho dos pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e
da Universidade de São Paulo começou no final de 2006. Com as
primeiras escavações feitas pelo grupo na Lapa Pintada, em 2008,
foram encontrados vestígios de fogueiras e ossos de animais de 7.800
anos. Porém, a principal descoberta veio com o trabalho em 2009:
amostras da vegetação de 1.200 anos atrás.
Lucas Bueno, professor responsável pela pesquisa, garante que os achados vegetais são difíceis de encontrar. Por isso, mesmo sendo menos antigos, despertam o interesse da comunidade científica. “Temos encontrado sementes de abóbora, pequi, feijão, milho, que remontam 2.000 anos atrás. Elas fazem parte das primeiras evidências dos alimentos cultivados”, diz.
O material recolhido na gruta é levado para um laboratório improvisado na sede do parque. Depois da lavagem, os sedimentos são separados pelo peso. Já seca, cada porção é peneirada e depois segue para análise nas universidades.
O foco do trabalho não é apenas científico. Para Bueno, aproximar a comunidade deste conhecimento é parte fundamental do processo. “Um dos objetivos principais é gerar conhecimento e transmitir isso para as pessoas, trazendo a comunidade para participar do nosso trabalho”.
Isso só será possível quando for definido o plano de manejo que vai abrir as portas do parque para a visitação pública. “Na verdade, é preciso definir quais serão as áreas próprias para uso público, o que pode ser feito na pesquisa e de que maneira pode ser feito. Isso vai definir o uso público do espaço”, diz Antônio César da Cruz, gerente de núcleo do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.
Lucas Bueno, professor responsável pela pesquisa, garante que os achados vegetais são difíceis de encontrar. Por isso, mesmo sendo menos antigos, despertam o interesse da comunidade científica. “Temos encontrado sementes de abóbora, pequi, feijão, milho, que remontam 2.000 anos atrás. Elas fazem parte das primeiras evidências dos alimentos cultivados”, diz.
O material recolhido na gruta é levado para um laboratório improvisado na sede do parque. Depois da lavagem, os sedimentos são separados pelo peso. Já seca, cada porção é peneirada e depois segue para análise nas universidades.
O foco do trabalho não é apenas científico. Para Bueno, aproximar a comunidade deste conhecimento é parte fundamental do processo. “Um dos objetivos principais é gerar conhecimento e transmitir isso para as pessoas, trazendo a comunidade para participar do nosso trabalho”.
Isso só será possível quando for definido o plano de manejo que vai abrir as portas do parque para a visitação pública. “Na verdade, é preciso definir quais serão as áreas próprias para uso público, o que pode ser feito na pesquisa e de que maneira pode ser feito. Isso vai definir o uso público do espaço”, diz Antônio César da Cruz, gerente de núcleo do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.
Fonte:globo.com
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